Quero dar-vos uma dica importante sobre a análise que faço/fazemos através das imagens e repetições televisivas de lances mais discutíveis.
São demasiados os exemplos que temos de diferentes leituras de uns e outros.
Muitos – sejamos honestos – dependem da verdade que cada um quer ver: depende do amor pelo clube ou ódio pelo rival.
Poucos assentam no desconhecimento de uma regra básica, preconizada pela UEFA, que pode ajudar e muito a dissipar dúvidas. O que dizem eles então?
IMAGEM EM VELOCIDADE NORMAL
Serve para aferir lances de intensidade: a força da carga, do empurrão, do agarrão.
O uso do “slow motion” nestes lances é desaconselhado, porque retira sempre a tal intensidade.
Porque nunca parece haver infração. E na verdade, qualquer toque a um jogador em velocidade ou a saltar pode ser suficiente para o desequilibrar. Quem jogou ou joga futebol, sabe bem disso.
IMAGEM EM REPETIÇÃO LENTA
Para aferir zonas de contacto: foi ou não na mão/braço, acertou ou não na perna, pisou ou não pisou o pé.
A “câmara lenta” permite ler, quase com exatidão, o local da infração ou o ponto se contacto com o corpo de um jogador.
Aí sim, deve recorrer-se ao slow motion.
CONCLUSÃO
Muitas vezes criticamos opiniões porque não conhecemos o raciocínio que presidiu a elas.
Cada um terá sempre a sua em lances mais duvidosos, claro. Mas ter a capacidade de afastar a “visão-coração” e perceber as técnicas certas de interpretação pode ajudar a arrepiar caminhos.
Fica a dica.
De acordo ???