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Há mais malandros por aí…

Há mais malandros por aí…

Jackson Martinez sofreu falta para penálti, cometida por Uribe. O médio do FC Porto quis jogar a bola, mas a abordagem foi mal calculada. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

O avançado do Portimonense executou depois o pontapé mas de forma defeituosa. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Num outro jogo do Dragão (clássico), Rúben Dias teve momento de infelicidade, introduzindo a bola na sua baliza. Ao fazê-lo, “ofereceu” golo ao adversário direto na luta pelo título. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Pepe, no mesmo jogo, falhou golo de “baliza aberta”, frente a Vlachodimos: o internacional português cabeceou sem oposição e partindo de posição legal. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Anteontem, Ricardo Costa, experiente central do Boavista, teve abordagem excessiva sobre Plata, na área do Sporting. O defesa do Boavista fez falta passível de pontapé de penálti e arriscou a expulsão pela forma como entrou sobre o adversário. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Ainda no jogo deste domingo, no Porto, Willyan tocou primeiro no pé esquerdo de Zé Luis e só depois na bola. A seguir ainda pisou, involuntariamente, o pé do avançado caboverdiano. Tudo isto dentro da sua área. A jogada devia ter sido punida com castigo máximo. O defesa algarvio cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Na semana anterior, em Vila do Conde, Neto (também na sua área) intercetou, com o braço, remate à baliza de Lucas Piazon. A ação foi faltosa e devia ter sido sancionada com penálti favorável ao Rio Ave. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Há umas semanas, Gabriel acertou, de forma grosseira, com a sola da bota na perna de um adversário (Fábio Martins, do Braga). A infração tinha tudo para ser punida com vermelho direto, deixando os encarnados em inferioridade numérica. Cometeu aí erro importante, com possível influência no resultado. Faz parte e só acontece a quem está lá dentro.

Além destes equívocos, todas as jornadas ocorrem centenas de outros, em todos os jogos: más opções táticas, entradas violentas, protestos excessivos, encostos “cara a cara”, substituições infelizes, golos fáceis falhados, guarda-redes (muito) mal batidos, penáltis infantis, mau comportamento nos bancos técnicos, amarelos desnecessários, vermelhos evitáveis, enfim… um mundo infinito de erros de casting, cometidos por profissionais de primeira linha. Por craques da nossa Liga maior. Certo é que nenhum faz de propósito. Nenhuma é ladrão. Nenhum está comprado. Nenhum é desonesto. Nenhum serve interesses obscuros. Nenhum age premeditadamente. E nenhum é, necessariamente, incompetente.

O futebol é isto mesmo. Sabe-o quem está lá dentro, a suar as estopinhas e a dar o litro.

Era só isto.

Quanto ao tempo, é melhor prevenir: diz que chove.

 

Artigo publicado no “Jornal A Bola”

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