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10 curiosidades sobre as leis de jogo que ninguém lhe tinha explicado. Até agora.

10 curiosidades sobre as leis de jogo que ninguém lhe tinha explicado. Até agora.

Há nevoeiros, bandeirolas, camisolas, golos de calcanhar e, claro, os cartões amarelos

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Caro leitor, prepare o seu bloco de notas e, se entender relevante, esteja atento.

Vamos falar de futebol. Ou melhor, vamos falar de algumas coisas interessantes que podem acontecer num jogo de futebol.

Seguem-se então algumas dicas sobre leis de jogo. Sobre leis de jogo e sobre (eventuais) decisões que os árbitros tomem em campo e que o caro leitor – seguramente adepto de bom futebol -, poderá não entender ou até nunca ter ouvido falar.

O risco que todos enfrentamos quando desconhecemos o que mais nos apaixona é o de podermos cair no erro da falsa perceção. É o sermos levados a tomar atitudes questionáveis, julgamentos precipitados ou críticas infundas.

A ideia deste artigo é contribuir, dentro do possível, para que isso aconteça cada vez menos. Nestas coisas da bola – onde a razão envergonhada tantas vezes é vencida pela emoção exacerbada – todo o saber consciente é importante. Todo o cuidado é pouco.

Como o espaço é curto e o seu tempo precioso, passemos das palavras aos atos.

De seguida, ficam alguns “pormenores” engraçados sobre regras, leis e decisões. Porque há mais, tanto mais para dizer, fica o compromisso de voltar a este tema quando a oportunidade assim o sugerir.

Vamos a isso, então.

1 – Sabia que um jogador que celebre um golo e que depois veja cartão amarelo por despir a camisola… mantém o cartão, mesmo que o golo seja anulado? E sabia que nem é preciso despir a camisola na totalidade para ser advertido pelo árbitro? Basta que, por exemplo, a use para cobrir totalmente a cabeça?

2 – Sabia que um árbitro pode exibir cartões (amarelo e/ou vermelho) durante o intervalo ou após o final de um jogo, se o fizer ainda dentro do terreno? Caso exista uma conduta que, na sua opinião, o justifique?

3 – Sabia que um jogador pode executar um pontapé de penálti de calcanhar, virado de costas para a baliza do seu adversário? Para que a opção (arrojada) seja legal, a única exigência é que a bola seja pontapeada (e se mova)… para a frente.

4 – Sabia que, quando está nevoeiro cerrado, o “expediente” que os árbitros costumam utilizar (para saber se podem ou não iniciar/reiniciar um jogo) é colocarem-se junto a uma baliza… para ver se conseguem ver a outra?

5 – Sabia que o sorteio inicial tem que ser feito com a presença dos dois capitães de equipa e, obrigatoriamente, através de moeda ao ar? E que não há outra forma legal de o fazer, ainda que tão ou mais eficaz que essa?

6 – Sabia que um jogador pode executar um lançamento lateral para a cabeça de um colega e este atrasá-la diretamente para o seu guarda-redes, que depois a pode agarrar com as mãos? E sabia que um jogador de campo pode fazer exatamente o mesmo (passar a bola para a cabeça de um companheiro, com o mesmo objetivo), sem que isso também colida com a lei?

7 – Sabia que, ainda num lançamento lateral, nenhum adversário pode estar a menos de dois metros da linha que corresponde ao local onde esse recomeço é efetuado? E sabia que o seu executante pode fazer tabelar a bola no corpo de um jogador adversário (para poder seguir a jogar), desde que o faça de maneira que o árbitro entenda ser desportiva/normal?

8. Sabia que uma partida pode começar com apenas sete jogadores (numa ou nas duas equipas), desde que um deles seja obrigatoriamente o GR?

9 – Sabia que a chamada “meia-lua” (junto a cada área) só existe para assegurar que, num pontapé de penálti, todos os jogadores ficam à distância mínima de 9.15m da respetiva marca? E que o “círculo central” tem exatamente o mesmo objetivo (mas em relação ao posicionamento, também a 9.15m, dos jogadores de uma equipa quando a outra inicia/reinicia o jogo)?

10 – Sabia que as bandeirolas de canto têm altura mínima expressamente definida pela lei (1,5m), mas que aquela não estipula qualquer limite quanto à sua altura máxima? E que a única exigência aí é não ser pontiaguda?

Entre este e aquele “sabia que” há tanto, mas tanto mais por dizer. Há, seguramente, muitos outros pequenos-grandes detalhes que desconhece, quer nas regras, quer nas recomendações oficiais que existem para a sua aplicação prática.

Essa zona, ainda parcialmente cinzenta, faz parte deste encanto. Do encanto pela descoberta gradual de um universo que nos apaixona a todos e que nos leva aos extremos das reações.

O saber, de facto, não ocupa espaço e tem – nos dias de hoje e para as pessoas sensatas – uma enorme vantagem: ajuda a legitimar a crítica.

Quem não gosta de argumentar sabendo do que fala?

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