A questão é pertinente e, por estes dias, faz todo o sentido.
Pode o VAR intervir em tempo de intervalo… ou mesmo após o final do jogo?
O “Protocolo do Videoárbitro”, na sua versão mais recente – a oitava – é muito claro:
– Sim, pode… mas com uma condição.
Para além da habitual – que o erro detetado seja óbvio, claro e evidente (dentro dos quatro previstos) – é fundamental que o árbitro ainda esteja dentro do terreno de jogo.
Quero isto dizer que, caso o VAR entenda que, antes do apito para o descanso/fim do jogo, houve um incidente grave que deva ser revisto/alterado, deve solicitar de imediato ao árbitro da partida que não abandone o relvado e que procure também que os jogadores não o façam.
Todavia, a exigência do protocolo refere-se apenas à presença, em campo, do árbitro e não à dos atletas.
Na época passada (no jogo entre o Mainz e o Friburgo, a contar para a 30a Jornada da Bundesliga alemã), foi necessário chamar alguns atletas que já tinham recolhido aos balneários. Isto porque o VAR detetou tardiamente uma alegada mão de um defesa da equipa visitante, na última jogada da etapa inicial. Os jogadores regressaram, o castigo máximo foi executado com sucesso e, aí sim, foi tempo de intervalo “a sério”.
Foi uma situação inédita e caricata, que durou vários minutos (seis) e causou grande polémica/ruído nas semanas seguintes.
Para evitar esses constrangimentos, o VAR deve agir com a máxima celeridade, quer a detetar a possível irregularidade, quer sobretudo a informar o seu chefe de equipa.
Se assim for, tudo certo. Tudo regular.